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O Que é Endometriose: Sintomas, Tratamentos e Como Melhorar Sua Qualidade de Vida!

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Você sabia que a endometriose é uma condição de saúde que afeta uma em cada dez mulheres em idade reprodutiva? Mas, afinal, o que é endometriose e como ela impacta a saúde?

A endometriose é uma condição que afeta milhares de mulheres no Brasil e no mundo. Esta doença crônica ocorre quando o tecido que normalmente reveste o interior do útero (endométrio) cresce fora dele, podendo afetar órgãos como ovários, trompas, intestinos e até mesmo a bexiga. 

Neste artigo, exploraremos em detalhes o que é a endometriose, seus sintomas, formas de diagnóstico, tratamentos disponíveis, bem como as principais dúvidas recorrentes sobre a doença.

Se você quer entender mais sobre a endometriose, desde a definição até as alternativas de tratamento, continue lendo para obter informações detalhadas e precisas sobre essa condição tão relevante para a saúde feminina.

O que é Endometriose?

A endometriose é uma condição ginecológica caracterizada pelo crescimento anormal do tecido endometrial fora do útero. 

Esse tecido, que normalmente se encontra dentro do útero e se desprende durante a menstruação, pode crescer nos ovários, trompas de falópio, intestinos, bexiga e até na cavidade pélvica. 

Ilustração de locais do corpo onde a endometriose pode se instalar
Ilustração de locais do corpo onde a endometriose pode se instalar – Foto: Instituto Crispi

Como o tecido fora do útero continua a se comportar de maneira semelhante ao tecido endometrial, ele também se prepara para a menstruação, mas não tem para onde ser expelido, causando inflamação, dor e, em casos graves, cicatrizes e aderências.

Causas da Endometriose

A causa exata da endometriose ainda não é completamente compreendida, mas alguns fatores podem contribuir para seu desenvolvimento, como:

  • Fatores genéticos: Mulheres com histórico familiar de endometriose têm maior risco de desenvolver a doença.
  • Menstruação retrógrada: Neste caso, o fluxo menstrual, ao invés de ser expelido, volta para as trompas de falópio e a cavidade pélvica, podendo causar endometriose.
  • Sistema imunológico: Algumas mulheres com endometriose podem ter um sistema imunológico que não consegue reconhecer e destruir o tecido endometrial que cresce fora do útero.

Embora a endometriose seja frequentemente associada à infertilidade, ela também pode ser diagnosticada em mulheres sem dificuldades para engravidar.

Quais São os Sintomas da Endometriose?

A endometriose é uma doença ginecológica que pode afetar a qualidade de vida das mulheres de forma significativa. Os sintomas variam de acordo com a gravidade da doença, o tipo e a localização do tecido endometrial fora do útero. 

A doença pode se manifestar de diferentes maneiras, e muitas vezes os sintomas são confundidos com outras condições, como cólicas menstruais comuns ou problemas intestinais. 

Aqui, vamos detalhar os principais sintomas da endometriose, que afetam mulheres de todas as idades, mas especialmente aquelas em idade fértil.

  1. Dor Intensa Durante a Menstruação (Dismenorreia)

A dor intensa durante a menstruação, também conhecida como dismenorréia, é um dos sintomas mais característicos da endometriose. As cólicas menstruais associadas à endometriose podem ser muito fortes, tornando-se incapacitantes para muitas mulheres. 

A dor não se limita à parte inferior do abdômen, mas pode irradiar para as costas, pernas e até a região pélvica. 

Diferente das cólicas menstruais típicas, que geralmente começam a melhorar após o início do fluxo menstrual, a dor da endometriose tende a piorar à medida que a menstruação se aproxima e durante o período menstrual.

Características da dor associada à endometriose:

  • Dor constante durante ou antes da menstruação.
  • Cólicas intensas que não desaparecem com analgésicos comuns.
  • Dor que irradia para outras áreas, como costas e pernas.
  1. Dor nas Relações Sexuais (Dispareunia)

A dor nas relações sexuais, também conhecida como dispareunia, é outro sintoma frequentemente relatado por mulheres com endometriose. A dor é geralmente profunda e ocorre durante ou após a penetração. 

Ela pode ser mais intensa quando o tecido endometrial está localizado em áreas próximas ao útero, como os ovários, o espaço retrocervical (entre o útero e o reto) ou em outros ligamentos da pélvica.

Mulheres com endometriose muitas vezes descrevem a dor durante a relação sexual como uma sensação de pressão, dor aguda ou até queimação. Esse sintoma não é exclusivo da endometriose, mas quando associado a outros sintomas, pode ser um indicativo importante da presença da doença.

Você sente dor na menstruação? Não fique por fora e entenda os motivos das dores durante menstruação!

Sintomas da dor nas relações sexuais:

  • Dor profunda durante ou após o sexo.
  • Sensação de pressão ou desconforto na região pélvica.
  • A dor tende a ser mais intensa dependendo da localização do tecido endometrial (principalmente nos ovários e no reto).

Esse sintoma pode afetar o relacionamento da mulher, além de prejudicar a autoestima e causar desconforto emocional.

  1. Dificuldade para Engravidar

A endometriose é uma das principais causas de infertilidade em mulheres. O tecido endometrial fora do útero pode interferir diretamente na função dos ovários, trompas de falópio e outros órgãos reprodutivos. 

O tecido endometrial pode formar aderências (tecido cicatricial) e cistos ovarianos (endometriomas), que afetam a ovulação, a fertilização do óvulo e a implantação do embrião no útero. Estima-se que cerca de 30 a 50% das mulheres com endometriose enfrentam dificuldades para engravidar.

Entenda mais sobre cistos ovarianos no nosso conteúdo completo.

Como a endometriose afeta a fertilidade:

  • Aderências e cistos nos ovários podem interferir no processo de ovulação.
  • O tecido endometrial fora do útero pode bloquear ou danificar as trompas de falópio, impedindo que o óvulo fertilizado chegue ao útero.
  • A inflamação crônica causada pela endometriose pode afetar o ambiente do útero e dificultar a implantação do embrião.

Mulheres com endometriose que desejam engravidar devem buscar orientação médica para determinar o melhor tratamento, que pode envolver desde terapias hormonais até a fertilização in vitro (FIV).

  1. Sintomas Intestinais

Quando a endometriose afeta o intestino, ela pode causar uma série de sintomas gastrointestinais desconfortáveis. A endometriose intestinal é uma forma grave da doença, onde o tecido endometrial cresce na parede do intestino, principalmente no reto, no cólon ou no íleo

Esse tipo de endometriose pode resultar em dor intensa durante a evacuação, alterações nos hábitos intestinais, como constipação ou diarreia, e até mesmo sangramento retal.

Sintomas da endometriose intestinal:

  • Dor abdominal ou cólicas durante ou após a evacuação.
  • Sangramento nas fezes, especialmente em mulheres com endometriose no reto.
  • Constipação ou diarreia cíclica, que geralmente ocorre durante o ciclo menstrual.
  • Inchaço abdominal, que pode ser confundido com problemas digestivos comuns.

Esses sintomas podem ser confundidos com outras condições, como síndrome do intestino irritável (SII), por isso, é importante que as mulheres com esses sintomas procurem um diagnóstico adequado.

  1. Cansaço e Fadiga

O cansaço extremo e a fadiga são sintomas comuns entre as mulheres com endometriose. A dor crônica associada à doença, além da inflamação, pode causar um desgaste físico e mental significativo, levando a uma sensação constante de exaustão. 

Muitas mulheres relatam sentir-se fatigadas mesmo após uma boa noite de sono, e isso pode interferir nas atividades diárias, como o trabalho, os estudos e as interações sociais.

Fatores que contribuem para a fadiga na endometriose:

  • Dor crônica que consome energia e afeta o sono.
  • Inflamação constante no corpo, o que pode prejudicar o funcionamento normal do sistema imunológico.
  • Impactos emocionais da doença, como a ansiedade e a depressão, que também podem contribuir para o cansaço.

A fadiga associada à endometriose é frequentemente subestimada, mas tem um impacto significativo na qualidade de vida das mulheres, muitas das quais enfrentam desafios para conciliar o tratamento com as obrigações diárias.

Como Diagnosticar a Endometriose?

O diagnóstico da endometriose pode ser um verdadeiro desafio, especialmente porque seus sintomas são muitas vezes confundidos com os de outras condições comuns, como a síndrome do intestino irritável, a doença inflamatória pélvica, ou até mesmo os sintomas relacionados ao ciclo menstrual regular. 

Muitas mulheres, infelizmente, enfrentam um diagnóstico tardio, o que pode dificultar o tratamento eficaz e a gestão dos sintomas.

Embora a endometriose seja uma doença crônica e bastante conhecida, o diagnóstico precisa ser minucioso e realizado com base em uma combinação de histórico médico, exames clínicos e exames de imagem

Abaixo, detalhamos os principais métodos utilizados para confirmar a presença de endometriose.

  1. Ultrassom Pélvico

O ultrassom pélvico é um dos exames iniciais mais comuns para avaliar a presença de endometriose. Durante esse procedimento, ondas sonoras são usadas para criar imagens dos órgãos pélvicos, permitindo que o médico observe possíveis anomalias. 

Ultrassom transvaginal com preparo intestinal
Ultrassom transvaginal com preparo intestinal – Foto: Revista Brasileira de Ultrassonografia ISSN 1679-8953

Esse exame pode ajudar a identificar cistos ovarianos, conhecidos como endometriomas, que são uma das manifestações mais comuns da endometriose. Endometriomas são cistos cheios de sangue que se formam nos ovários devido ao crescimento do tecido endometrial fora do útero.

Apesar de ser útil para identificar grandes massas, o ultrassom pélvico tem limitações, especialmente em casos onde a endometriose não está associada a cistos ou está em estágios iniciais. 

O exame não consegue visualizar tecidos endometriais microscópicos ou focos de endometriose profunda, especialmente em órgãos como o intestino, o reto e os ligamentos pélvicos.

Vantagens do ultrassom pélvico:

  • Procedimento rápido e não invasivo.
  • Ajuda a detectar endometriomas nos ovários.
  • É uma ferramenta útil para monitorar a evolução dos cistos ovarianos em mulheres com endometriose.

Limitações:

  • Não consegue identificar endometriose profunda ou pequena.
  • Pode não ser eficaz em estágios iniciais da doença.
  1. Ressonância Magnética (RM)

A ressonância magnética (RM) é uma ferramenta de diagnóstico de imagem mais avançada, oferecendo uma visão mais detalhada e precisa do interior da pelve. 

A RM pode ajudar a identificar focos de endometriose profunda, especialmente em áreas como o intestino, retossigmoide, ligamentos uterossacros e outros locais mais difíceis de alcançar por outros métodos. 

Esse exame utiliza um campo magnético e ondas de rádio para criar imagens em alta resolução dos órgãos internos, proporcionando ao médico uma visão detalhada das lesões causadas pela endometriose.

Embora a ressonância magnética não seja invasiva, ela oferece um nível de detalhamento superior ao ultrassom, permitindo avaliar melhor a extensão da doença. 

A RM pode ser particularmente útil para planejar um tratamento cirúrgico, pois ajuda a visualizar onde os focos de endometriose estão localizados e qual o tamanho das lesões.

Vantagens da ressonância magnética:

  • Proporciona imagens detalhadas da cavidade pélvica e pode identificar endometriose profunda.
  • Ajuda a avaliar a extensão da doença, essencial para planejar o tratamento.
  • Útil para identificar lesões em áreas difíceis de ver com ultrassom.

Limitações:

  • Embora seja altamente eficaz para observar a endometriose profunda, a RM não pode fornecer uma confirmação definitiva do diagnóstico sem uma biópsia.
  1. Laparoscopia

A laparoscopia é considerada o método diagnóstico definitivo para a endometriose

Este exame, também conhecido como cirurgia exploratória, envolve a inserção de um pequeno tubo com uma câmera (laparoscopia) através de uma pequena incisão na barriga, permitindo ao médico visualizar diretamente os órgãos internos da pelve. 

Durante o procedimento, é possível observar diretamente a presença de tecido endometrial fora do útero e confirmar o diagnóstico de endometriose.

Além de permitir o diagnóstico preciso, a laparoscopia também oferece a possibilidade de realizar a remoção de focos de endometriose em tempo real. 

Se o médico observar áreas suspeitas de endometriose, ele pode proceder à biópsia do tecido para confirmar a presença da doença e avaliar a gravidade da condição. 

Esse exame é especialmente eficaz quando a doença está em estágios mais avançados ou quando os outros exames não fornecem resultados claros.

Vantagens da laparoscopia:

  • É o único exame definitivo para o diagnóstico de endometriose.
  • Permite a remoção ou destruição do tecido endometrial durante o procedimento.
  • Fornece informações precisas sobre a gravidade e a localização da endometriose.

Limitações:

  • Como se trata de um procedimento cirúrgico, a laparoscopia envolve riscos e requer tempo de recuperação.
  • Geralmente é realizada após a falha de outros exames menos invasivos.

Importância do Diagnóstico Precoce

O diagnóstico precoce da endometriose é fundamental para iniciar o tratamento adequado o mais rápido possível. Quanto mais cedo a doença for identificada, mais eficazes e menos invasivos serão os tratamentos disponíveis, seja por meio de medicamentos, terapias hormonais ou cirurgia. 

Além disso, o diagnóstico precoce ajuda a evitar complicações graves, como a infertilidade, que pode ser uma consequência da endometriose não tratada.

Se você tem sintomas que podem estar relacionados à endometriose, como dor abdominal intensa, menstruações irregulares ou dificuldades para engravidar, é essencial procurar um especialista para avaliação e diagnóstico. 

O acompanhamento com um ginecologista especializado ajudará a garantir o tratamento adequado e melhorar a qualidade de vida da paciente.

Tratamentos para Endometriose: Como Tratar e Aliviar a Dor?

O tratamento da endometriose pode variar dependendo da gravidade da doença, dos sintomas e do desejo da mulher em engravidar. As opções incluem tratamentos medicamentosos, cirúrgicos e alternativos.

  1. Tratamentos Medicamentosos

Os medicamentos mais comuns para tratar a endometriose incluem:

  • Antiinflamatórios: Usados para aliviar a dor, como o ibuprofeno e o naproxeno.
  • Anticoncepcionais hormonais: Podem reduzir o fluxo menstrual e evitar o crescimento do tecido endometrial.
  • Progestágenos: Hormônios que ajudam a diminuir o tecido endometrial, controlando a dor e os sintomas.
  • GnRH agonistas: Medicamentos que induzem um estado temporário de menopausa, bloqueando a produção de estrogênio e reduzindo a atividade do tecido endometrial.
  1. Tratamentos Cirúrgicos

Em casos mais graves, pode ser necessário recorrer à cirurgia. A laparoscopia é comumente usada para remover ou destruir os focos de endometriose. Se a doença afetar gravemente os órgãos reprodutivos, pode ser necessária a remoção do útero (histerectomia).

  1. Tratamentos Alternativos

Além dos tratamentos médicos tradicionais, alguns tratamentos alternativos podem ser benéficos, como:

  • Fisioterapia pélvica: Pode ajudar a aliviar a dor e melhorar a função pélvica.
  • Acupuntura: Técnica tradicional chinesa que pode ajudar a reduzir a dor e melhorar o bem-estar geral.
  • Dieta anti-inflamatória: Comer alimentos ricos em antioxidantes e anti-inflamatórios pode ajudar a reduzir a inflamação associada à endometriose.

Endometriose e Infertilidade: O Que Você Precisa Saber

A infertilidade é um dos maiores desafios para mulheres com endometriose. Estima-se que cerca de 30 a 50% das mulheres com endometriose tenham dificuldades para engravidar. A doença pode causar danos aos ovários e às trompas de falópio, dificultando a fertilização do óvulo.

Tratamentos para Engravidar com Endometriose

Algumas opções de tratamento incluem:

  • Indução da ovulação: Para mulheres com dificuldades para ovular.
  • Fertilização in vitro (FIV): Quando a fertilização natural não é possível, a FIV pode ser uma solução.
  • Cirurgia para remover focos de endometriose: Em alguns casos, a remoção cirúrgica do tecido endometrial pode melhorar as chances de gravidez.

Aproveite para se informar sobre o cancêr uterino e como se prevenir.

A Endometriose Pode Voltar?

Após o tratamento da endometriose, especialmente quando envolve cirurgia, muitas mulheres se questionam se a doença pode retornar. Essa é uma preocupação válida, pois a natureza crônica da doença significa que, em alguns casos, a endometriose pode reaparecer após o tratamento. 

A resposta para essa pergunta varia dependendo de vários fatores, incluindo o tipo de tratamento realizado, a gravidade da doença e a resposta individual de cada paciente. Fatores que influenciam o retorno da endometriose:

  1. Tipo de tratamento realizado:

Cirurgia: Quando a cirurgia é feita para remover o tecido endometrial, ela pode ser eficaz para aliviar os sintomas e reduzir a quantidade de tecido fora do útero. 

No entanto, em muitos casos, a endometriose pode voltar se não todo o tecido endometrial foi removido, especialmente nas áreas mais difíceis de alcançar, como os ligamentos pélvicos ou os intestinos. 

Além disso, se houver áreas microscópicas de tecido endometrial não visíveis ao exame visual, elas podem proliferar novamente.

Tratamento medicamentoso: O uso de medicamentos hormonais, como anticoncepcionais, progestágenos ou GnRH agonistas, pode ajudar a controlar os sintomas e reduzir o crescimento do tecido endometrial. 

Esses medicamentos atuam suprimindo a produção de estrogênio, o que pode ajudar a prevenir o crescimento do tecido. No entanto, uma vez que o uso dos medicamentos é interrompido, os sintomas podem retornar em algumas mulheres.

  1. Gravidade da endometriose

Mulheres com endometriose mais avançada, como a endometriose profunda (que afeta órgãos como o intestino ou a bexiga), têm uma maior probabilidade de a doença voltar após o tratamento. Isso ocorre porque o tecido endometrial está mais espalhado e é mais difícil de ser completamente removido.

  1. Resposta individual do corpo

A maneira como o corpo de cada mulher responde ao tratamento também desempenha um papel importante. 

Algumas mulheres podem ter uma resposta excelente ao tratamento e não experimentar uma recidiva, enquanto outras podem ter uma recaída após algum tempo, mesmo após a remoção do tecido endometrial. 

Isso pode estar relacionado a fatores genéticos, imunológicos ou hormonais, que variam de pessoa para pessoa.

O que pode ser feito para evitar que a endometriose volte?

Embora não haja garantias de que a endometriose não voltará, existem algumas estratégias que podem ajudar a reduzir as chances de recidiva:

  1. Acompanhamento médico regular: Manter consultas periódicas com um ginecologista especializado em endometriose é fundamental. Ele pode monitorar a condição, detectar sinais precoces de recidiva e ajustar o tratamento conforme necessário.
  2. Tratamento contínuo: Em alguns casos, pode ser necessário continuar com tratamentos hormonais para prevenir o crescimento de novos focos de endometriose. Isso é especialmente recomendado para mulheres que estão tentando controlar os sintomas a longo prazo.
  3. Mudanças no estilo de vida: Adotar um estilo de vida saudável, com uma dieta equilibrada e rica em alimentos anti-inflamatórios, pode ajudar a reduzir a inflamação associada à endometriose. Exercícios regulares e práticas como a yoga e a meditação também podem ajudar a reduzir o estresse e melhorar a qualidade de vida.
  4. Tratamentos alternativos: Além dos tratamentos médicos convencionais, algumas mulheres optam por terapias alternativas, como acupuntura, fitoterapia e suplementos nutricionais, que podem ajudar a controlar os sintomas e melhorar o bem-estar geral.

A Endometriose Pode Voltar Mesmo Após a Histerectomia?

Para mulheres que se submetem à histerectomia (remoção do útero), a dúvida sobre o retorno da endometriose também é comum. 

Embora a histerectomia remova o útero, ela não elimina o tecido endometrial que possa estar presente em outras áreas, como nos ovários, no peritônio ou nos intestinos. Portanto, a endometriose pode continuar a se desenvolver nesses locais, mesmo após a remoção do útero.

Em alguns casos, a histerectomia pode ser combinada com a remoção dos ovários (ou ooforectomia) para reduzir ainda mais o risco de recorrência. No entanto, mesmo assim, a endometriose pode retornar, dependendo da quantidade de tecido endometrial remanescente.

Dúvidas Recorrentes Sobre Endometriose

Abaixo, respondemos algumas das perguntas mais comuns.

A endometriose tem cura?

Atualmente, não há cura definitiva para a endometriose, mas a doença pode ser controlada com tratamento adequado.

O que pode piorar a endometriose?

Fatores como estresse, dieta inadequada e falta de acompanhamento médico podem agravar os sintomas da endometriose.

A endometriose pode ser confundida com outras doenças?

Sim, a endometriose pode ser confundida com outras condições, como a síndrome do intestino irritável ou a doença inflamatória pélvica.

A endometriose causa infertilidade?

Sim, a endometriose pode afetar a fertilidade, dificultando a concepção, devido aos danos nos ovários e nas trompas de falópio.

Quais são os sintomas da endometriose?

Os principais sintomas da endometriose incluem dor intensa durante a menstruação, dor nas relações sexuais, dor abdominal crônica e dificuldades para engravidar.

A endometriose pode voltar após a cirurgia?

Sim, a endometriose pode voltar após a cirurgia, especialmente se não todo o tecido endometrial foi removido. O acompanhamento médico regular é essencial.

Como a endometriose afeta a gravidez?

A endometriose pode dificultar a gravidez, pois o tecido endometrial fora do útero pode interferir no funcionamento dos ovários e das trompas, reduzindo as chances de concepção.

Quais exames ajudam a diagnosticar a endometriose?

Exames como ultrassom pélvico, ressonância magnética e laparoscopia são utilizados para diagnosticar a endometriose e avaliar sua gravidade.

A endometriose pode causar dor fora da menstruação?

Sim, a endometriose pode causar dor contínua, mesmo fora do período menstrual, especialmente se o tecido endometrial está em áreas mais profundas ou fora do útero.

Existem tratamentos alternativos para a endometriose?

Além dos tratamentos convencionais, tratamentos alternativos como acupuntura, dieta anti-inflamatória e fisioterapia pélvica têm mostrado ajudar no alívio dos sintomas.

Conclusão

A endometriose é uma condição séria que pode afetar a qualidade de vida de muitas mulheres. Seu diagnóstico precoce é crucial para o controle eficaz dos sintomas e a preservação da fertilidade. 

Embora a endometriose não tenha cura definitiva, existem diversas opções de tratamento que podem ajudar a aliviar a dor e melhorar as chances de gravidez.

Para mais informações sobre a endometriose, consulte sempre um médico especialista e busque orientação sobre as opções de tratamento mais adequadas para o seu caso.

Lembre-se: para obter um diagnóstico preciso e opções de tratamento, entre em contato com profissionais de saúde especializados em endometriose.

Fontes e Referências:

Mayo Clinic – A Mayo Clinic oferece informações detalhadas e baseadas em pesquisas sobre a endometriose, incluindo sintomas, causas, fatores de risco e tratamentos.

Sociedade Brasileira de Endometriose (SBE) – A SBE fornece materiais educativos sobre a endometriose, incluindo suas causas, tratamentos e formas de diagnóstico.

National Institute of Child Health and Human Development (NICHD) – O NICHD é uma fonte confiável que oferece uma explicação detalhada sobre a endometriose e os fatores que podem contribuir para o seu desenvolvimento.

Instituto Crispi: Endometriose profunda: Entenda como funciona o nível mais severo da doença.

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