A dor nas mamas, também conhecida como mastalgia cíclica, é um sintoma comum entre as mulheres e está frequentemente associada às alterações hormonais do ciclo menstrual. 

Essa sensibilidade ou desconforto pode surgir nos dias que antecedem a menstruação e, em muitos casos, desaparece durante o período. 

Embora essa dor seja uma resposta natural às flutuações de estrogénio e progesterona, é importante saber identificar quando ela faz parte do ciclo menstrual e quando pode indicar algo mais sério. 

É normal as mamas doerem na menstruação?

Sim, é comum que muitas mulheres sintam dor ou desconforto nas mamas durante o ciclo menstrual. Essa dor é conhecida como mastalgia cíclica, pois está diretamente relacionada às flutuações hormonais típicas do ciclo. 

Durante a fase lútea, que antecede a menstruação, há um aumento nos níveis de estrogénio e progesterona. Esses hormônios estimulam o tecido mamário, causando maior retenção de líquidos e inchaço nas glândulas, o que pode provocar dor e sensibilidade.

A mastalgia cíclica não é necessariamente sinal de um problema sério e costuma ser considerada um sintoma natural. No entanto, a intensidade pode variar de mulher para mulher, sendo mais leve para algumas e mais intensa para outras. 

Esse tipo de dor geralmente desaparece espontaneamente com o início da menstruação ou alguns dias depois.

Como é a dor nos seios durante a menstruação?

A dor nos seios associada à menstruação costuma ser difusa, ou seja, espalha-se por toda a mama e, por vezes, atinge também a região das axilas. Pode ser descrita como uma sensação de peso, inchaço ou tensão, semelhante a um desconforto muscular. 

Além disso, as mamas podem ficar mais sensíveis ao toque, tornando difícil o uso de sutiãs apertados ou a prática de atividades físicas intensas.

Algumas mulheres relatam dor latejante ou sensação de ardor, especialmente na fase pré-menstrual, quando os seios podem estar mais inchados devido à retenção de líquidos. Em geral, esse tipo de dor não é localizado em um ponto específico, mas envolve uma área maior dos seios.

Quanto tempo os seios doem na menstruação?

A duração da dor nas mamas pode variar entre as mulheres, dependendo de fatores como oscilação hormonal, retenção de líquidos e sensibilidade individual. Em geral, o desconforto começa na fase lútea, que ocorre após a ovulação e se estende até o início da menstruação. 

Nessa fase, há um aumento nos níveis de progesterona e estrogénio, que provoca inchaço nas glândulas mamárias e retenção de líquidos, gerando dor e sensibilidade nos seios.

Para muitas mulheres, a dor pode surgir de 3 a 7 dias antes do período menstrual e tende a diminuir nos primeiros dias do fluxo, quando os níveis hormonais começam a cair. 

Outras, no entanto, podem sentir esse desconforto por mais tempo, em torno de 10 a 14 dias, especialmente se houver maior retenção de líquidos ou desequilíbrio hormonal.

Assim que a menstruação se inicia, o alívio é gradual, e, geralmente, a dor desaparece completamente entre o primeiro e terceiro dia do ciclo. 

Se o desconforto persistir por um período mais longo ou não seguir esse padrão cíclico, pode ser necessário investigar outros fatores, como disfunções hormonais, cistos ou até alterações benignas no tecido mamário.

Como saber se a dor na mama é gravidez ou menstruação?

Distinguir entre a dor nas mamas causada pela gravidez ou pela menstruação pode ser desafiador, pois os sintomas podem ser semelhantes. Tanto no início da gravidez quanto no período pré-menstrual, as flutuações hormonais provocam alterações nas mamas que levam à sensibilidade e ao desconforto. 

No entanto, há algumas características que podem ajudar a identificar a causa da dor:

Dor nas mamas durante a menstruação:

• A dor pré-menstrual geralmente aparece alguns dias antes do início do ciclo e desaparece quando o fluxo começa ou logo após.
• O desconforto costuma ser mais difuso, afetando ambas as mamas e, às vezes, a região das axilas.
• A dor é frequentemente acompanhada de outros sintomas do síndrome pré-menstrual (TPM), como inchaço abdominal, irritabilidade, fadiga e cólicas.
• A dor tende a ser cíclica e previsível, ocorrendo todo mês no mesmo período, como parte do ciclo hormonal.

Dor nas mamas durante a gravidez:

• A dor nas mamas durante a gravidez geralmente é mais persistente e prolongada. Ela pode começar logo após a conceção e se estender por várias semanas ou meses.
• Ao contrário da dor pré-menstrual, a sensibilidade nas mamas na gravidez pode ser acompanhada de outros sinais precoces, como escurecimento dos mamilos, aumento das veias na superfície dos seios e aumento do volume mamário.
• Na gravidez, as mamas podem parecer mais pesadas e firmes, com maior sensibilidade ao toque, o que pode dificultar o uso de sutiãs ou roupas apertadas.
• A dor associada à gravidez também não é cíclica, ou seja, não desaparece com o início de um novo ciclo menstrual, mas persiste à medida que os níveis hormonais continuam a aumentar para sustentar a gestação.

Quando a dor na mama é preocupante?

Embora a dor nas mamas associada ao ciclo menstrual seja considerada normal, existem situações em que é necessário prestar mais atenção e procurar orientação médica. A dor pode ser preocupante se:

• For localizada em apenas um ponto específico e não desaparecer com o ciclo menstrual.
• Estiver associada a um nódulo palpável ou alteração visível na pele, como vermelhidão, retração ou edema.
• Aparecer de forma repentina e intensa, especialmente se não houver histórico prévio de mastalgia.
• For acompanhada de secreção anormal pelo mamilo, especialmente se for sanguinolenta.

Nesses casos, é essencial procurar um médico para avaliação detalhada e, se necessário, realizar exames como ultrassonografia ou mamografia para descartar problemas mais graves, como infecções ou tumores.

Conclusão

A dor nas mamas durante a menstruação é, na maioria dos casos, uma resposta normal às mudanças hormonais do ciclo. Embora o desconforto possa variar em intensidade e duração, ele tende a desaparecer com o início do fluxo menstrual. 

No entanto, é essencial estar atenta a dores persistentes, localizadas ou acompanhadas de alterações na mama, pois esses sinais podem indicar a necessidade de avaliação médica. Conhecer o próprio corpo e distinguir os sintomas é fundamental para cuidar da saúde mamária de forma adequada.