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Guia Completo sobre Anticoncepcional: Tipos, Benefícios e Questões Frequentes

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O anticoncepcional desempenha um papel essencial na saúde reprodutiva, oferecendo às pessoas maior controle sobre seus corpos e decisões familiares.

No Brasil, há uma ampla gama de opções disponíveis, desde pílulas orais até métodos injetáveis e dispositivos implantáveis. 

Entretanto, é comum surgirem dúvidas relacionadas aos efeitos colaterais, nomes comerciais, eficiência e até mesmo sobre novos métodos, como o anticoncepcional masculino. Este artigo detalha todas as nuances sobre o tema, com foco em esclarecer e informar de maneira acessível.

O que é um anticoncepcional?

Os anticoncepcionais são métodos destinados a prevenir a gravidez, desempenhando um papel crucial na saúde reprodutiva e no planejamento familiar. Eles oferecem diversas formas de atuação no organismo, adaptando-se às diferentes necessidades das pessoas que os utilizam. 

Abaixo, detalhamos as principais formas de ação dos anticoncepcionais:

  1. Inibição da Ovulação
    Muitos métodos, especialmente os hormonais, atuam inibindo a ovulação. Isso significa que eles impedem a liberação de óvulos pelos ovários, eliminando a possibilidade de fertilização pelo espermatozoide. Exemplos incluem pílulas combinadas, adesivos e implantes.
  2. Alteração do Muco Cervical
    Certos métodos anticoncepcionais, como as pílulas de progesterona ou dispositivos intrauterinos (DIUs) hormonais, tornam o muco cervical mais espesso. Isso cria uma barreira que dificulta o movimento dos espermatozoides em direção ao óvulo, reduzindo as chances de fecundação.
  3. Modificação do Endométrio
    Os anticoncepcionais podem também alterar o revestimento do útero (endométrio), tornando-o inadequado para a implantação de um óvulo fecundado. Essa é uma função adicional observada em métodos como DIUs hormonais e algumas pílulas.

Escolha do Método Anticoncepcional

A escolha do melhor método anticoncepcional depende de diversos fatores individuais. Entre eles:

  • Idade: Mulheres mais jovens podem preferir métodos de longa duração, enquanto métodos temporários podem ser mais adequados para quem deseja engravidar futuramente.
  • Saúde Geral: Condições como hipertensão, diabetes ou histórico de trombose podem limitar o uso de determinados métodos hormonais.
  • Objetivos Reprodutivos: Quem deseja evitar a gravidez apenas por um período pode optar por métodos reversíveis, como pílulas ou DIUs, enquanto pessoas que não pretendem mais engravidar podem considerar métodos permanentes, como a laqueadura.

Os anticoncepcionais desempenham ainda um papel além da prevenção da gravidez. Alguns deles podem ser utilizados para tratar condições como ovários policísticos, regular o ciclo menstrual, reduzir sintomas de tensão pré-menstrual (TPM) e melhorar a saúde da pele, especialmente em casos de acne hormonal.

Em resumo, os anticoncepcionais são ferramentas versáteis que vão além da contracepção, permitindo maior controle sobre a saúde reprodutiva e outros aspectos do bem-estar. É fundamental, no entanto, que sua escolha seja feita sob orientação de um médico, garantindo segurança e eficácia no uso.

Tipos de anticoncepcionais

Os anticoncepcionais são divididos em diversas categorias, cada uma com características específicas para atender às necessidades e preferências individuais. Vamos explorar detalhadamente os principais tipos, destacando suas vantagens, indicações e funcionamento.

Anticoncepcional Oral (Pílula)

A pílula anticoncepcional é um dos métodos mais populares e amplamente utilizados devido à sua eficácia e acessibilidade. Ela é administrada por via oral e, dependendo da composição hormonal, pode ser classificada em:

  • Pílula Combinada: Contém uma combinação de estrogênio e progesterona, sendo indicada para mulheres que desejam um controle hormonal mais amplo.
  • Minipílula: Contém apenas progesterona, sendo uma excelente escolha para mulheres que estão amamentando ou que possuem contraindicações ao estrogênio.

Exemplos Populares de Marcas de Pílulas

  • Diane 35: Além de prevenir a gravidez, é frequentemente indicada para tratar acne e distúrbios hormonais, como a síndrome dos ovários policísticos.
  • Yasmin e Iumi: Conhecidas por causar menor retenção de líquidos, são ideais para mulheres que desejam evitar efeitos colaterais como inchaço.
  • Cerazette: Amplamente utilizada por mulheres em fase de amamentação, pois não interfere na produção de leite.

Essas pílulas estão disponíveis em diferentes dosagens hormonais, permitindo ajustes personalizados conforme orientação médica, o que é essencial para minimizar efeitos adversos.

Anticoncepcional Injetável

O anticoncepcional injetável é uma alternativa prática e eficaz, especialmente para mulheres que têm dificuldade em lembrar de tomar a pílula diariamente. Ele é administrado por meio de uma injeção intramuscular e possui dois tipos principais:

  • Mensal: Como o Mesigyna, ideal para quem busca uma reposição hormonal regular com ciclos menstruais controlados.
  • Trimestral: Como o Depo-Provera, que libera progesterona de forma contínua, permitindo maior comodidade.

Este método é uma excelente opção para mulheres com agendas ocupadas ou que preferem evitar a ingestão oral de medicamentos diariamente.

Anticoncepcional Adesivo

O adesivo anticoncepcional é uma opção moderna e discreta. Ele é aplicado diretamente sobre a pele e libera hormônios (estrogênio e progesterona) de maneira contínua.

Características do Adesivo:

  • Trocado semanalmente, oferecendo mais praticidade.
  • Pode ser aplicado em áreas discretas do corpo, como abdômen, parte superior das costas ou braços.
  • Ideal para quem possui uma rotina agitada e esquece frequentemente de tomar a pílula.

Embora eficaz, algumas mulheres podem apresentar irritação cutânea, o que deve ser discutido com um médico antes do uso.

Anticoncepcional Implantável (Chip)

O chip anticoncepcional é um pequeno dispositivo implantado sob a pele, geralmente na região do braço. Ele libera hormônios de maneira controlada e tem uma longa duração de ação, podendo proteger contra a gravidez por até 3 anos.

Benefícios do Chip:

  • Reduz a necessidade de lembrar do uso diário ou mensal.
  • Menor incidência de efeitos colaterais relacionados ao estrogênio, pois a maioria contém apenas progesterona.
  • Exemplo: Implanon, uma das marcas mais conhecidas.

Por ser um método de longa duração, é ideal para mulheres que buscam planejamento reprodutivo mais prolongado.

  1. Anticoncepcional Masculino

O anticoncepcional masculino é um tema que vem ganhando destaque nos últimos anos. Embora ainda esteja em fase de pesquisa e desenvolvimento, promete revolucionar a saúde reprodutiva ao dividir a responsabilidade contraceptiva entre os gêneros.

Métodos em Estudo:

  • Géis hormonais: Aplicados na pele, reduzem temporariamente a produção de espermatozoides.
  • Injeções hormonais: Funcionam bloqueando a produção de esperma sem interferir nos níveis de testosterona.

Ainda não estão amplamente disponíveis no mercado, mas representam um avanço significativo para a igualdade nos cuidados contraceptivos.

Efeitos colaterais mais comuns

Os anticoncepcionais são amplamente utilizados e, em geral, seguros. Contudo, como qualquer medicamento, eles podem provocar efeitos colaterais, que variam de pessoa para pessoa e dependem tanto do método escolhido quanto da resposta individual do organismo. 

É essencial estar ciente desses possíveis impactos para tomar uma decisão informada sobre o método mais adequado.

Alterações no Peso

Uma das dúvidas mais frequentes entre as usuárias de anticoncepcionais é se eles podem causar ganho ou perda de peso.

  • Retenção de líquidos: Algumas pílulas, como Yasmin e Iumi, são formuladas para minimizar esse efeito, sendo indicadas para quem deseja evitar o inchaço e a sensação de peso corporal.
  • Aumento do apetite: Em métodos hormonais como o Depo-Provera (injeção trimestral), é mais comum observar alterações no apetite, o que pode levar ao ganho de peso em algumas pessoas.
  • Perda de peso: Embora menos frequente, algumas usuárias relatam redução de peso, principalmente em decorrência de mudanças no metabolismo ou no padrão alimentar.

O impacto sobre o peso não é universal e depende de fatores como genética, alimentação e rotina de exercícios físicos. Caso isso seja uma preocupação, conversar com um profissional de saúde pode ajudar na escolha de um método que tenha menos impacto nesse aspecto.

Trombose

A trombose venosa profunda (TVP) é um efeito colateral grave, mas raro, associado ao uso de pílulas combinadas que contêm estrogênio e progesterona. O risco é mais elevado em mulheres com predisposição genética, histórico familiar ou outros fatores de risco, como:

  • Tabagismo.
  • Obesidade.
  • Imobilidade prolongada (como em viagens longas).

Sinais de alerta:

  • Inchaço, vermelhidão e dor em uma perna.
  • Sensação de calor no local afetado.
  • Falta de ar súbita e dor no peito, que podem indicar um quadro de embolia pulmonar.

Pílulas como Cerazette, que contêm apenas progesterona, são geralmente mais seguras para mulheres com histórico de problemas circulatórios. É fundamental discutir o histórico médico com um profissional antes de iniciar o uso.

Mudanças de Humor e Diminuição da Libido

Os métodos hormonais podem impactar o estado emocional e a libido devido à influência dos hormônios sintéticos no sistema nervoso central.

Principais mudanças observadas:

  • Oscilações de humor: Sentimentos de irritabilidade, tristeza ou até episódios de ansiedade podem ser relatados por algumas usuárias, especialmente no início do uso de anticoncepcionais ou após mudanças de marca.
  • Diminuição da libido: Em algumas mulheres, a redução do desejo sexual pode estar associada a métodos como a pílula combinada ou o adesivo anticoncepcional, que afetam os níveis de testosterona livre no organismo.
  • Melhora emocional: Curiosamente, algumas usuárias relatam melhora no humor, especialmente se utilizam métodos como Diane 35, que também regula problemas hormonais subjacentes.

Se essas mudanças forem significativas ou persistentes, é importante reavaliar o método escolhido, pois existem opções não hormonais que podem ser mais adequadas para determinadas pessoas.

Outros Efeitos Colaterais Comuns

Além dos pontos acima, há outros efeitos colaterais que podem ocorrer com o uso de anticoncepcionais.

  • Náuseas: Mais comuns no início do uso da pílula combinada, mas tendem a desaparecer após algumas semanas.
  • Manchas na pele: Algumas mulheres podem desenvolver melasma (manchas escuras no rosto), especialmente com exposição ao sol sem proteção adequada.
  • Alterações no ciclo menstrual: Métodos como o chip anticoncepcional ou o Depo-Provera podem causar amenorreia (ausência de menstruação), enquanto outros podem resultar em sangramentos irregulares.
  • Sensibilidade mamária: Pode ocorrer com pílulas de alta dosagem hormonal.

Conheça todos os efeitos colaterais do anticoncepcional em detalhes na sua menstruação no nosso post informativo.

Como Reduzir os Efeitos Colaterais

Embora os anticoncepcionais sejam amplamente seguros e eficazes para muitas pessoas, é possível que alguns experimentem efeitos colaterais indesejados. Felizmente, existem diversas estratégias para minimizar ou até eliminar esses efeitos. 

Se você estiver enfrentando desconfortos relacionados ao uso do anticoncepcional, as seguintes orientações podem ser úteis:

1. Escolher o método anticoncepcional adequado

A escolha do método anticoncepcional ideal é essencial para minimizar efeitos colaterais. Cada pessoa reage de forma diferente aos hormônios e aos dispositivos usados para prevenir a gravidez. 

Portanto, é crucial que você discuta seu histórico de saúde com um profissional de saúde para selecionar o anticoncepcional mais adequado. 

Fatores como idade, condições de saúde pré-existentes (como hipertensão ou diabetes), histórico familiar e preferências pessoais devem ser levados em consideração.

  • Métodos hormonais como a pílula combinada (com estrogênio e progesterona) podem não ser ideais para mulheres com histórico de trombose ou problemas cardiovasculares, já que esses métodos podem aumentar o risco de coágulos sanguíneos. Nesses casos, pílulas à base de progesterona ou métodos não hormonais, como o DIU de cobre, podem ser mais recomendados.
  • Métodos de longo prazo, como o implante anticoncepcional ou o DIU hormonal, podem ser vantajosos para quem prefere não se preocupar com a administração diária do anticoncepcional, mas é importante sempre ajustar o método de acordo com as suas necessidades e monitorar qualquer efeito colateral.

2. Acompanhamento médico regular

Realizar consultas periódicas com um profissional de saúde é fundamental para garantir que o método anticoncepcional escolhido esteja funcionando corretamente e para ajustar a dosagem, se necessário. Durante essas consultas, o médico pode:

  • Monitorar sinais de efeitos colaterais persistentes, como alterações no peso, flutuação no humor, sangramentos irregulares ou diminuição da libido.
  • Ajustar o método anticoncepcional ou sugerir alternativas caso os efeitos colaterais sejam intensos ou incômodos. Por exemplo, pode ser necessário trocar de pílula ou trocar a via de administração (de pílula para injeção, adesivo ou dispositivo intrauterino).
  • Garantir que você esteja acompanhando corretamente o uso do anticoncepcional. Se necessário, realizar exames de sangue ou outros testes para avaliar o impacto dos hormônios em seu corpo, como os níveis de colesterol, glicemia ou função hepática.

O acompanhamento contínuo é a chave para identificar problemas precocemente e fazer os ajustes necessários no regime anticoncepcional.

3. Mudanças no estilo de vida

Algumas mudanças no estilo de vida podem ajudar a reduzir os efeitos colaterais associados ao uso de anticoncepcionais, promovendo uma saúde geral melhor e equilibrada. Algumas práticas saudáveis incluem:

  • Exercícios físicos regulares: A prática de atividades físicas pode ajudar a equilibrar os níveis hormonais e reduzir efeitos como ganho de peso e retenção de líquidos. Além disso, exercícios aeróbicos, como caminhada, corrida ou natação, ajudam a melhorar a circulação e a reduzir o risco de complicações circulatórias, como trombose.
  • Alimentação equilibrada: Manter uma dieta rica em nutrientes, com ênfase em alimentos frescos, vegetais e fibras, pode minimizar alguns efeitos adversos, como alterações no peso ou problemas digestivos. Evite excessos de sódio, que podem contribuir para a retenção de líquidos, um efeito colateral comum em certos anticoncepcionais. Vitaminas e minerais, como as vitaminas B6 e E, podem ajudar a equilibrar os hormônios e a melhorar a saúde da pele.
  • Evitar o tabagismo: O fumo pode aumentar os riscos associados ao uso de anticoncepcionais hormonais, como trombose e doenças cardiovasculares. Se você fuma e está usando anticoncepcionais, consulte seu médico para avaliar alternativas mais seguras.

Descubra o que é o sangramento de escape tomando anticoncepcional.

4. Alternativas não hormonais

Se os efeitos colaterais de métodos hormonais forem muito intensos ou difíceis de controlar, pode ser interessante considerar alternativas não hormonais

O DIU de cobre, por exemplo, é um dispositivo intrauterino que não contém hormônios e pode ser uma excelente opção para mulheres que buscam um método anticoncepcional eficaz sem os riscos associados aos hormônios. 

O DIU de cobre atua criando um ambiente adverso para os espermatozoides e impedindo a fecundação.

Outros métodos não hormonais incluem o preservativo, o diafragma e métodos de fertilidade natural. Esses métodos não alteram os níveis hormonais e, portanto, não estão associados aos efeitos típicos dos anticoncepcionais hormonais, como alterações de humor ou flutuação no peso.

5. Consideração de métodos de longa duração

Para mulheres que buscam praticidade e eficácia de longo prazo, métodos como o implante anticoncepcional ou o DIU hormonal podem ser opções ideais. 

Esses métodos liberam doses controladas de hormônios por um período prolongado (de 3 a 5 anos, dependendo do método), reduzindo a necessidade de intervenções frequentes, como tomar pílulas diariamente ou aplicar injeções mensais. 

O implante anticoncepcional, por exemplo, é inserido sob a pele do braço e libera progesterona de forma contínua, enquanto o DIU hormonal pode ser eficaz por até 5 anos.

Esses métodos são extremamente eficazes e podem reduzir o risco de efeitos colaterais relacionados ao esquecimento da administração do anticoncepcional, como a pílula do dia seguinte, e também evitam alterações no ciclo menstrual ou na saúde geral associada à descontinuidade do método.

Dúvidas Recorrentes

Os anticoncepcionais são amplamente utilizados, mas ainda geram muitas perguntas e incertezas. Abaixo, respondemos às principais dúvidas que cercam o tema para ajudar você a tomar decisões mais informadas sobre sua saúde reprodutiva.

1. O anticoncepcional pode causar infertilidade?

Não, os anticoncepcionais não causam infertilidade. Após a interrupção do uso, a fertilidade geralmente retorna ao normal em pouco tempo. 

No entanto, o uso prolongado de métodos hormonais pode mascarar condições pré-existentes que afetem a fertilidade, como síndrome dos ovários policísticos ou endometriose. Por isso, o acompanhamento médico é essencial.

Veja o que acontece com a menstruação depois de parar de tomar anticoncepcional.

2. O que fazer se esquecer de tomar a pílula?

Se você esquecer de tomar a pílula anticoncepcional, siga as instruções da bula, que variam de acordo com o tipo de pílula:

  • Esquecimento de até 12 horas: Tome a pílula assim que lembrar e continue o uso normalmente.
  • Esquecimento maior que 12 horas: Pode ser necessário usar um método de barreira, como preservativos, nos próximos 7 dias.
    Se houver relação sexual desprotegida, considere a pílula do dia seguinte como alternativa, mas sempre com orientação médica.

3. É necessário receita para comprar anticoncepcionais no Brasil?

Sim, a maioria dos anticoncepcionais hormonais exige prescrição médica no Brasil. Isso garante que o método escolhido seja seguro e adequado para a saúde da paciente. Medicamentos como a pílula do dia seguinte, porém, costumam ser vendidos sem receita.

4. O anticoncepcional pode regular o ciclo menstrual?

Sim, os anticoncepcionais hormonais, especialmente as pílulas combinadas, são frequentemente indicados para regularizar o ciclo menstrual em casos de irregularidades como menorragia (fluxo intenso) ou amenorreia (ausência de menstruação).

5. É possível usar anticoncepcional durante a amamentação?

Sim, mas nem todos os métodos são recomendados. Durante a amamentação, o uso de anticoncepcionais que contenham apenas progesterona (como a Cerazette) é mais indicado, pois eles não interferem na produção de leite.

6. Quais são os métodos anticoncepcionais não hormonais?

Além dos métodos hormonais, existem opções não hormonais, como:

  • DIU de cobre: Altamente eficaz e sem impacto hormonal.
  • Preservativos: Protegem contra gravidez e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
  • Diafragma: Método de barreira reutilizável.

7. Posso tomar anticoncepcional por conta própria?

Não é recomendável. O uso sem orientação médica pode aumentar os riscos de efeitos colaterais, como trombose, além de ser menos eficaz caso não seja utilizado corretamente.

8. Qual a diferença entre a pílula combinada e a minipílula?

  • Pílula combinada: Contém estrogênio e progesterona, sendo mais indicada para quem não tem contraindicações relacionadas a problemas circulatórios.
  • Minipílula: Contém apenas progesterona, sendo mais indicada para lactantes ou pessoas com maior risco de trombose.

9. Qual método é mais indicado para quem tem dificuldade em lembrar de tomar a pílula diariamente?

Para quem tem dificuldade com o uso diário da pílula, os métodos como o anticoncepcional injetável, o adesivo ou o chip anticoncepcional são mais práticos e eficazes.

10. O anticoncepcional causa câncer?

Não há evidências de que os anticoncepcionais causem câncer. Pelo contrário, estudos indicam que eles podem reduzir o risco de câncer de ovário e endométrio. No entanto, em casos raros, o uso prolongado pode estar associado a um pequeno aumento no risco de câncer de mama e colo do útero.

11. Anticoncepcionais masculinos já estão disponíveis?

Embora ainda não estejam amplamente disponíveis, os anticoncepcionais masculinos estão em desenvolvimento e incluem opções como géis tópicos e injeções hormonais.

12. É possível engravidar usando anticoncepcional?

Embora a eficácia dos anticoncepcionais hormonais seja alta, nenhum método é 100% infalível. A taxa de falha aumenta em casos de uso incorreto, como esquecimento de doses ou interações medicamentosas.

13. Quais medicamentos podem interferir na eficácia dos anticoncepcionais?

Medicamentos como antibióticos (rifampicina), anticonvulsivantes e fitoterápicos (como a erva-de-são-joão) podem reduzir a eficácia dos anticoncepcionais. Informe seu médico sobre todos os medicamentos que você usa.

14. É necessário fazer pausas no uso de anticoncepcionais?

Não há evidências científicas que sustentem a necessidade de pausas no uso contínuo de anticoncepcionais, desde que estejam sendo bem tolerados. A interrupção só é recomendada se houver efeitos colaterais ou planos de gravidez.

15. O DIU é doloroso para ser colocado?

O procedimento de colocação do DIU pode causar algum desconforto, especialmente em mulheres que nunca tiveram parto vaginal. No entanto, é rápido e geralmente bem tolerado, com alívio dos sintomas logo após a inserção.

Conclusão

Os anticoncepcionais são ferramentas poderosas que oferecem às pessoas a oportunidade de assumir o controle sobre sua saúde reprodutiva e seus planos de vida. 

No entanto, a escolha do método ideal requer cuidado, conhecimento e acompanhamento médico, uma vez que cada organismo responde de maneira diferente. 

Métodos como pílulas, injetáveis, adesivos ou o DIU podem ser altamente eficazes, mas é fundamental entender os riscos, benefícios e particularidades de cada um para garantir uma experiência segura e satisfatória.

É importante lembrar que o uso correto dos anticoncepcionais não se limita à prevenção da gravidez; eles também podem desempenhar um papel significativo no tratamento de condições médicas, como síndrome dos ovários policísticos, acne e irregularidades menstruais

No entanto, a automedicação é altamente desaconselhada, pois pode trazer riscos graves à saúde.

Além disso, é essencial estar atento às dúvidas frequentes e mitos que cercam o uso de anticoncepcionais, como o medo infundado de infertilidade ou o desconhecimento sobre os impactos reais no peso e no humor. 

A informação confiável, combinada com consultas regulares ao ginecologista, é o melhor caminho para garantir escolhas informadas e conscientes.

Por fim, reforçamos que este artigo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica. Se você tem dúvidas ou quer iniciar o uso de anticoncepcionais, procure sempre um profissional qualificado para avaliar sua saúde de forma completa. 

Além disso, é possível obter informações adicionais em fontes confiáveis, como o site do Ministério da Saúde e organizações de referência em saúde reprodutiva.

Referências

Durante a elaboração deste artigo, foram consultadas diversas fontes confiáveis para garantir a qualidade das informações apresentadas. Aqui estão as principais referências utilizadas:

  1. Ministério da Saúde
    Disponível em: https://www.gov.br/saude/pt-br
    Utilizado para dados sobre os diferentes métodos de anticoncepcionais e sua disponibilização no SUS.
  2. Organização Mundial da Saúde (OMS)
    Disponível em: https://www.who.int
    Informações sobre os efeitos colaterais e recomendações para o uso seguro de anticoncepcionais.
  3. FEBRASGO (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia)
    Disponível em: https://www.febrasgo.org.br
    Fonte usada para especificar os tipos de pílulas e outros métodos hormonais utilizados no Brasil.
  4. Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM)
    Disponível em: https://www.endocrino.org.br
    Referência para questões relacionadas aos impactos hormonais e dúvidas frequentes sobre o uso prolongado de anticoncepcionais.
  5. ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária)
    Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br
    Usada para verificar as regulamentações sobre a prescrição e o uso de anticoncepcionais no Brasil.

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